Relatório CUF Oncologia 2018-2019

As Nossas Equipas

O meu interesse pela área hospitalar aumentou no decorrer do estágio académico. Logo que acabei o curso, entrei no Hospital Pulido Valente – Centro Hospitalar Lisboa Norte, onde exerci funções como farmacêutico hospitalar. Mais tarde, a minha passagem pelo IPO de Lisboa deu-me a conhecer um trabalho diferente daquele com que tinha contactado anteriormente. Eu acreditava que a Oncologia era uma área em que o farmacêutico poderia causar um impacto significativo na qualidade de vida dos doentes. Para consolidar o meu conhecimento nesta área, fiz o mestrado em Oncologia Médica no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, em parceria com a Thomas Jefferson University, nos Estados Unidos. Com o crescimento da rede CUF e a expansão da área da Oncologia, tornou-se evidente a necessidade de um acompanhamento farmacoterapêutico próximo do doente oncológico, não só para aumentar a eficácia dos tratamentos mas também a segurança. Ao longo dos últimos anos, tornou-se essencial a presença do farmacêutico clínico residente no hospital de dia e na equipa multidisciplinar, bem como junto dos doentes, apesar de a preparação da quimioterapia estar centralizada. No meu dia a dia participo nas reuniões multidisciplinares onde são discutidos os casos clínicos dos doentes das várias unidades, promovendo a melhor opção terapêutica. A minha prática segue três vertentes essenciais. A primeira prende-se com a colaboração com o corpo clínico na elaboração de protocolos de quimioterapia baseados na evidência, clínica e científica, e na incorporação de novos fármacos oncológicos para o tratamento dos doentes nos hospitais e nas clínicas CUF. A segunda enquadra-se na área da gestão, que se concretiza no apoio à central de negociação na seleção dos medicamentos oncológicos com melhor relação custo- benefício e no apoio à área comercial no circuito do doente oncológico. Por fim, a terceira relaciona-se com a equipa de enfermagem e com o apoio que, enquanto farmacêutico, dou na administração do medicamento e no esclarecimento / formação relativa a novos fármacos. No futuro, considero importante aumentar a especialização do farmacêutico oncológico ao nível da formação e do treino, de forma a que este possa melhorar a sua prestação como profissional no tratamento do doente com cancro e tornar-se, cada vez mais, uma mais-valia para a equipa que integra.”

Farmacêutico Especialista Sénior Miguel Freitas

UM ACOMPANHAMENTO MAIS PRÓXIMO

Há mais de 16 anos na CUF, Miguel Freitas tem a missão de coordenar a área da farmácia clínica oncológica de forma transversal em todos os hospitais e clínicas CUF.

MODELO DA CONSULTA DE FARMÁCIA NA CUF ONCOLOGIA

No primeiro dia de cada ciclo terapêutico é feita uma consulta de aconselhamento ao doente com o farmacêutico e o enfermeiro. Esta consulta aumenta a adesão à terapêutica, visto que ao antecipar possíveis efeitos adversos se conseguem melhores resultados no tratamento. Nesta consulta, o farmacêutico faz a reconciliação terapêutica, elucida o doente sobre a toma dos medicamentos, bem como possíveis reações adversas e interações com outros medicamentos e alimentos, e ainda aconselha o doente no que respeita a atividades da vida diária que possam interferir com o tratamento.

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