Relatório CUF Oncologia 2018-2019

#1500razões

Sobrevivente de cancro da mama Vera Nabeiro

VIVER EM PLENO

Vera Nabeiro não hesita em afirmar: depois do cancro, a sua vida mudou para melhor. A confiança que lhe foi transmitida pela equipa de CUF Oncologia, fê-la acreditar sempre num desfecho positivo e hoje aproveita tudo o que a vida tem de bom para dar. com esvaziamento axilar. Passado um ano e um mês sobre o diagnóstico, estava de regresso ao trabalho. Para Vera, a relação que estabeleceu com a equipa que a seguiu foi determinante para o sucesso. “Tive sempre o acompanhamento do Dr. Diogo Alpuim, o oncologista que me segue; da Dra. Catarina, O apoio da família foi essencial ao longo de todo o processo. “Vinha para as quimioterapias descansada porque sabia que o avô ia buscar a minha filha Joana à escola. Que ela chegava a casa e estava lá a avó. Que a seguir o pai ia buscá-la para a levar para casa.” Vera aproveitava também para falar com outras doentes na mesma situação. “Há sempre aquelas que são mais desinibidas e conversamos, ouvimos testemunhos, mas sempre a acreditar que vai correr tudo bem. É bom para dar força umas às outras.” Hoje, Vera continua a apoiar quem se cruza no seu caminho, seja no salão de cabeleireiro ou nas aulas de hidrocycling . “Acompanho, converso, mostro a maminha...”, refere, com humor. “Na piscina tomo banho com as minhas colegas e estou mortinha por que vejam e perguntem, para não haver tabus, para não terem medo.” “Se não tivesse atravessado o que atravessei nunca tinha visto a coisa de outra maneira”, garante. Hoje, além do exercício físico, Vera faz uma alimentação regrada e convive mais com os amigos. “Mudei o meu estilo de vida. Sempre fui uma ‘fada do lar’, mas comecei a pensar: para quê ficar apenas a passar a ferro se também posso ir com a Joana andar de bicicleta? Só precisamos de levar um abanão para perceber que tudo se faz. É que, se tudo correr mal, levamos na alma o que vivemos de bom... e o bom não é passar a ferro!” Tudo isto fê-la acreditar que tinha uma missão contra o cancro e que o desfecho só podia ser positivo. “Só no dia a seguir à cirurgia é que tive medo. Fui à casa de banho, com muita dificuldade, olhei para o espelho e pensei: não sei se te escapas. Mas logo a seguir pensei: Ah, deixa-te disso”, conta. “Tentei sempre mentalizar-me de que estava tudo a ser bem tratado, com médicos excelentes. Pensei: a minha filha nasceu aqui e eu renasci aqui. Era o que me dava força.” Uma vida nova que me fez a cirurgia; do Prof. Manuel Caneira, que me fez a reconstrução; da equipa do hospital de dia... E, mesmo a nível telefónico, sempre que precisei de alguma coisa nas reações às quimioterapias, foram sempre impecáveis.” O resultado foi um conjunto de novas amizades que a fazem sentir “completamente em casa” a cada regresso ao Hospital CUF Descobertas.

O s olhos brilhantes, o sorriso e o ritmo animado de cancro da mama que recebeu em agosto de 2017: “A Dra. Catarina Rodrigues disse que dificilmente me conseguiriam salvar a mama, mas para mim isso não era um problema. O importante era superar e seguir em frente!” Foi o caráter pragmático que fez com que consultasse um ginecologista assim que sentiu um “carocinho”, como o descreve, na mama direita. No dia seguinte à confirmação do diagnóstico, Vera rumou a Lisboa e ao Hospital CUF Descobertas. Iniciou a quimioterapia a 1 de setembro e a 4 de dezembro a mastectomia do discurso não deixam margem para dúvidas: Vera Nabeiro é otimista por natureza e não baixa os braços perante uma batalha. Foi assim que esta cabeleireira, residente no Entroncamento, encarou o diagnóstico "Pensei: a minha filha nasceu aqui e eu renasci aqui. Era o que me dava força."

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