Relatório CUF Oncologia 2022-2023

Quando a reabilitação faz parte do plano Cada plano de seguimento é personalizado e abrange as áreas necessárias para a recuperação do doente. Nas palavras de Nuno Ferreira, fisioterapeuta no Hospital CUF Tejo, “o papel do fisioterapeuta é também fundamental para ajudar os doentes a recuperarem a função física, a qualidade de vida e, essencialmente, adaptarem- se às mudanças corporais e emocionais após o tratamento. Por exemplo, na reabilitação do membro superior, algo frequente após uma cirurgia de mama, a pessoa pode sentir dor, rigidez e restrição do movimento. O fisioterapeuta intervém com exercícios de mobilização, alongamentos e fortalecimento muscular a fim de restaurar a amplitude de movimento e a força muscular”. Ainda neste contexto, Nuno Ferreira destaca que “os doentes oncológicos podem beneficiar da intervenção da fisioterapia devido às disfunções funcionais aos níveis respiratório, nervoso, linfático, músculoesquelético, dor e edemas.

Fisioterapeuta NUNO FERREIRA

Testemunho MARIA FERNANDA CARVALHO

“O papel do fisioterapeuta é crucial para ajudar os doentes oncológicos após o tratamento a recuperarem a sua capacidade física e a qualidade de vida, além da adaptação a possíveis sequelas do tratamento.”

Uma recuperação com o apoio da fisioterapia Maria Fernanda Carvalho, em plano de seguimento na sequência de um cancro da hipofaringe diagnosticado no Hospital CUF Tejo em 2019, é um dos casos em que a recuperação conta com o apoio de um cuidado de suporte: a Fisioterapia. Por ter tido um tumor inoperável, fez tratamento de quimioterapia e radioterapia, sendo que uma das cordas vocais já se encontrava danificada e naturalmente piorou com os tratamentos.

Por exemplo, para os doentes que têm alterações da deglutição, existe uma série de técnicas, de manobras e de estratégias que aplicamos, em articulação com uma equipa multidisciplinar, para ajudar os doentes a terem uma vida mais digna e mais segura”. Para o fisioterapeuta, falar numa recuperação total implica “considerar estratégias que passam pela definição de um plano colaborativo, onde o fisioterapeuta trabalha em conjunto com o doente para estabelecer metas realistas e alcançáveis que abordem as necessidades e os objetivos individuais para a sua recuperação.”

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