a tornar mais célere a preparação da documentação para o pedido do medicamento, promovendo o início rápido do tratamento.” No Hospital de Dia Oncológico, a presença do farmacêutico viabiliza a existência de uma consulta de farmácia personalizada, antes do início do tratamento e durante o mesmo, onde é feita uma avaliação rigorosa da interação entre medicamentos, entre alimentos e medicamentos ou entre medicamentos e suplementos alimentares, para assegurar a maior qualidade no tratamento e bem-estar do doente oncológico, além da reconciliação terapêutica concomitante e de suplementos que os doentes possam estar a fazer. Na CUF Oncologia o farmacêutico está envolvido em todo o processo de decisão terapêutica, na gestão da medicação e, também, nos cuidados de suporte, por exemplo integrando a equipa de Cuidados Paliativos da CUF Oncologia com vista a assegurar o melhor acompanhamento a estes doentes.
ao lado da pessoa com cancro está a família, que recebe igualmente este impacto e todo o nosso apoio”, partilha a psicóloga. O papel fundamental do farmacêutico Com uma subespecialização na área oncológica, é responsável por fazer a seleção do medicamento mais adequado para o tratamento em causa e garantir atempadamente a terapêutica nas melhores condições, evitando possíveis erros de medicação e efeitos adversos. Com tamanha responsabilidade é fundamental o farmacêutico ter a sua atividade articulada com os restantes profissionais de saúde que constroem o plano terapêutico. Miguel Freitas, Coordenador Adjunto de Farmácia de Oncologia da CUF, explica que “ao estar integrado na equipa multidisciplinar, o farmacêutico orienta a decisão do clínico, sendo responsável pelo uso racional e seguro dos medicamentos. Além de colaborarmos com o corpo clínico na elaboração da proposta terapêutica, ajudamos
Psicóloga MARIA JOÃO SANTOS
do trabalho em equipa, acompanhar pessoas num contexto adverso para todos os que o vivem de perto. Por outro lado, desafia-me a contribuir para que os doentes oncológicos e os seus familiares consigam caminhar nesta adversidade”. Compreender o impacto e o significado real que o cancro traz para a vida das pessoas faz parte da estratégia multidisciplinar, onde a Psico-oncologia, numa articulação das especialidades de Psicologia e Psiquiatria, está inserida. “O surgimento de uma doença como o cancro é potencialmente traumático, trazendo o peso da insegurança e da incerteza. É aqui que pode entrar o acompanhamento da Psico- oncologia, onde iremos conhecer o doente, perceber quais os seus recursos internos e externos, as suas necessidades, os padrões de reação face a acontecimentos adversos, e muito mais. Neste contexto, o psicólogo pode ser uma figura facilitadora do envolvimento da pessoa no seu próprio processo, ajudando-a a criar novas estratégias que lhe permitam (re)organizar a identidade individual, social e profissional. E, naturalmente,
Farmacêutico MIGUEL FREITAS
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