“O PET de última geração torna possível otimizar as doses de radiação a que o doente é exposto e obter imagens de elevada qualidade, em metade do tempo – um aspeto que tem sido muito apreciado pelos doentes.”
Especialista em Medicina Nuclear PAULA COLARINHA
O contributo da Medicina Nuclear Dúvidas houvesse, nenhuma especialidade trabalha sozinha para a doença oncológica. Paula Colarinha, Coordenadora do Serviço de Medicina Nuclear do Hospital CUF Descobertas, refere que só se consegue saber exatamente qual é o diagnóstico oncológico e a dimensão da doença através da colaboração entre diferentes especialidades. Então, “a Medicina Nuclear vem contribuir para identificar a extensão da doença no organismo. A articulação entre todos é fundamental para a precisão da informação clínica, quer na fase de diagnóstico quer na fase de estadiamento da doença oncológica.” Aos especialistas de Medicina Nuclear, cabe aplicar pequenas fontes de radiação ligadas a moléculas específicas, os radiofármacos, para realizar exames auxiliares de diagnóstico. Para tal, contribuem exames como a tomografia por emissão de positrão (PET) , que permite uma avaliação multiórgão, e
também a Cintigrafia Óssea, que permite uma avaliação de todo o esqueleto. A PET, que passou por uma atualização do equipamento em 2023, é um exame não invasivo e indolor, que, através do recurso a um radiofármaco, identifica as células de origem tumoral. Por sua vez, a Cintigrafia Óssea deteta metástases ósseas que por vezes surgem associadas ao cancro da mama e da próstata. O Serviço de Medicina Nuclear do Hospital CUF Descobertas foi renovado durante o ano de 2023, permitindo aumentar a resposta a exames de cintigrafia óssea. “Esta reestruturação vem também permitir dar resposta a novas terapêuticas com isótopos radioativos no tratamento de determinados tipos de cancro”, destaca Paula Colarinha. A título de exemplo a especialista em Medicina Nuclear refere que está agora disponível na CUF uma terapêutica com radionuclidos, dirigida ao doente com cancro da próstata metastizado com comprovada expressão do antígeno
de membrana específico da próstata (PSMA) e em fase de resistência à quimioterapia e à terapêutica hormonal. “Esta terapêutica com radionuclidos não exige internamento e pode contribuir para um melhor controlo sintomático e aumento da sobrevida”. “A nossa especialidade contribui, também, para ajudar a identificar o local onde está o gânglio que mais vale a pena estudar na neoplasia da mama em estadio precoce. Chama-se a isso a pesquisa do gânglio sentinela”, reforça a especialista em Medicina Nuclear. A CUF Oncologia realizou, entre 2022 e 2023 exames PET 2 743 cintigrafias ósseas 2 305
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