Enfrentar o cancro é uma jornada desafiante com necessidades muito específicas. Como é feito o acompanhamento dos doentes e das respetivas famílias pela CUF Oncologia? O centro do nosso cuidado é mais do que o tratamento da doença: é a pessoa que, naquele momento, tem uma doença. Para tal, promove-se um apoio especializado, diferenciado e personalizado, conhecendo integralmente a pessoa, o seu contexto familiar, o seu projeto de vida e a forma como vai integrar esta fase de doença no quotidiano. O objetivo deste acompanhamento, que reúne toda uma equipa multidisciplinar, é que após um diagnóstico emocionalmente desafiador o doente nunca perca a sua identidade, individualidade e dignidade como pessoa inserida numa sociedade. Na CUF Oncologia, acompanhar um doente com cancro significa adotar uma abordagem compassiva e centrada na pessoa, reconhecendo a complexidade da experiência humana e a importância de cuidar não só da sintomatologia física, mas também das necessidades emocionais, sociais e espirituais. Este acompanhamento reconhece ainda como prática integrada e elementar que o doente seja um parceiro nos seus próprios cuidados, desempenhando um papel ativo no seu tratamento, tomando decisões informadas, sustentadas nos ensinos e esclarecimentos da sua equipa de saúde. Cuidar de cada pessoa de forma personalizada implica uma comunicação muito próxima com o doente. De que modo a CUF Oncologia promove esta interação? Através de uma jornada oncológica acompanhada passo a passo, interação a interação, com monitorização das necessidades da pessoa, família
doente e os membros da equipa. Além disso, capacita e promove a participação e envolvimento da pessoa, família e amigos na planificação dos cuidados, através de educação e transmissão de conhecimento sobre a patologia e processo de doença, e ainda promove a investigação e desenvolvimento de conhecimentos e competências, na área da especialidade, contribuindo ativamente para a excelência dos cuidados prestados. Para o sucesso do percurso, o acompanhamento contínuo do doente faz a diferença? O acompanhamento contínuo por equipas especializadas e dedicadas é decisivo nos resultados dos cuidados e na experiência do doente e família. O modelo de cuidados de proximidade da CUF Oncologia contempla a presença física como equipa, mas também a disponibilidade à distância através de canais próprios, acessíveis e céleres, sempre que surja a necessidade. Na CUF Oncologia, nenhum doente está sozinho.
e cuidadores. Seja presencial ou não presencial, o acompanhamento continuado dos profissionais na vida do doente e a dignidade com que cada cuidado é prestado torna este um percurso que muitos tomariam à partida como solitário num momento desafiador, sim, mas repleto de partilha, interajuda e compaixão. Como exemplo desta comunicação próxima e personalizada temos a LADO, uma linha telefónica que funciona 365 dias por ano e que permite que o doente tenha à sua disposição um canal contínuo de comunicação. Qualquer contacto para esta linha é atendido por enfermeiros dos serviços de Oncologia que, após uma triagem de sinais e sintomas, definem quais os cuidados a integrar e, quando aplicável, o respetivo encaminhamento, tendo sempre por base da sua tomada de decisão a segurança clínica. Para assegurar os cuidados individuais de saúde do doente também é importante existir comunicação nas equipas. Qual o papel da enfermagem neste contexto multidisciplinar? A enfermagem tem um papel fundamental na comunicação entre a equipa, o doente e a família, promovendo a contenção do stress e a redução da ansiedade, associados ao diagnóstico e tratamento do cancro – seja através da escuta ativa, de uma postura disponível e de uma comunicação clara, relativamente a cuidados e estratégias no controlo de efeitos secundários à terapêutica. Por este motivo, a CUF Oncologia tem enfermeiros que desempenham a função de Enfermeiros Coordenadores de Cuidados Oncológicos (ECCO). Na prática, atuam como enfermeiros peritos na área de especialidade, coordenando o percurso clínico da pessoa e integrando a equipa interdisciplinar, como profissional de referência e elo de ligação entre o
A comunicação contínua, além do esclarecimento prévio de todos os cuidados e de todas as decisões, promove uma cultura de segurança entre o doente e a equipa de saúde, com impacto no sucesso dos resultados.
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