Relatorio CUF Oncologia 2020-2021

Cuidamos em Todos os Momentos

Cancro Urológico

A incidência dos tumores malignos na área da Urologia “é alta”, reconhece Paulo Dinis, Urologista no Hospital CUF Tejo. São vários os órgãos afetados por este grupo de doenças, exigindo uma abordagem personalizada no diagnóstico e tratamento. Entre este grupo de patologias encontra-se o cancro da próstata, aquele que, assinala Estêvão Lima, Urologista nos hospitais CUF Tejo e CUF Porto, Coordenador de Urologia CUF e da Unidade de Tumores Urológicos da CUF Oncologia, “é o mais frequente no homem” e se posiciona no segundo lugar entre os mais mortais no sexo masculino. Existem outras doenças oncológicas na Urologia que, apesar de assumirem menor protagonismo, têm algum peso na sociedade. É o caso do cancro da bexiga, “que tem uma incidência ainda bastante alta e também uma prevalência elevada, sendo que, depois do tratamento inicial, exige um seguimento apertado e com possíveis múltiplas intervenções”, explica Paulo Dinis, acrescentando que, com menos casuística, existem ainda os tumores do rim, os tumores do testículo e o cancro do pénis. Com um leque alargado de doenças, a Unidade de Tumores Urológicos criou equipas multidisciplinares especialmente dedicadas a cada tumor, sendo que, comum a todas as áreas, é a forma integrada e célere com que cada caso é acolhido, tratado e monitorizado. Segundo o Coordenador de Urologia CUF, em apenas uma semana um doente com suspeita de tumor da próstata consegue fazer os exames complementares de diagnóstico e de estadiamento para que a equipa multidisciplinar apresente a proposta terapêutica. Dessa reunião multidisciplinar onde se juntam oncologistas, urologistas, imagiologistas, anátomo-patologistas, geneticistas, radioterapeutas, entre outros profissionais, Estêvão Lima destaca, como característica diferenciadora e “uma mais-valia” para o sucesso terapêutico final, a equipa composta por especialistas que se dedicam de forma exclusiva a este tipo de doença oncológica. São verdadeiros “ experts em tumores urológicos”, frisa. Em dois anos, a CUF Oncologia diagnosticou 1807 tumores urológicos e tratou 1298 doentes. CANCRO UROLÓGICO: INOVAÇÃO NO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO Nas doenças oncológicas do sistema urológico, o cancro da próstata é o que tem maior destaque. Na CUF Oncologia, a inovação no diagnóstico e no tratamento cirúrgico desta patologia já mereceu reconhecimento internacional.

Paulo Dinis Urologista no Hospital CUF Tejo

Radiologia: desde o diagnóstico até ao seguimento

João Lopes Dias é um dos profissionais dedicados à área da Urologia. O Radiologista no Hospital CUF Tejo está na linha da frente do diagnóstico e estadiamento de doenças como o cancro da próstata, contribuindo para “priorizar estratégias de tratamento em conjunto com os urologistas, os radioncologistas e os oncologistas”, explica. O papel deste especialista “é ainda fundamental no follow-up do doente e no despiste das recidivas” no período pós-terapêutico. Em suma, o radiologista é um profissional que acompanha o doente desde o momento em que chega à CUF até ao desfecho da situação clínica. Um dos meios que João Lopes Dias usa para o diagnóstico, nomeadamente do cancro da próstata, é a ressonância magnética multiparamétrica, uma técnica recente efetuada num equipamento de última geração “com um campo magnético elevado, que permite obter imagens de elevadíssima qualidade” e que é utilizado para mapear a próstata e realizar as biópsias com maior fiabilidade. Segundo as palavras do radiologista, “a mais-valia desta técnica é a sua capacidade diagnóstica muitíssimo superior às técnicas ecográficas tradicionais”, o que se reflete na capacidade de “detetar lesões de cancro da próstata que anteriormente não eram biopsáveis por não serem acessíveis à técnica tradicional”. Com a ressonância magnética multiparamétrica como a que existe na CUF, João Lopes Dias acredita que se está a “aumentar muito a acuidade diagnóstica e a conseguir estratificar a doença de acordo com o risco de agressividade, permitindo por exemplo acompanhar doentes que estejam em vigilância ativa de tumores de baixo risco”.

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