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Cancro do Pulmão
Sobre o tratamento do cancro do pulmão, Bárbara Parente está convencida de que “a imunoterapia veio para ficar”. Abriram-se muitas possibilidades com esta nova linha de tratamento e hoje a discussão passa por saber qual o melhor momento de introdução da imunoterapia e como a associar a outros tratamentos como a quimioterapia, a terapia dirigida ou mesmo a associação de várias opções farmacológicas dentro da imunoterapia. Um cenário que, comenta Encarnação Teixeira, “mudou por completo o algoritmo terapêutico do cancro do pulmão em fases avançadas da doença”, com sobrevivências aos cinco anos nunca vistas com outro tipo de tratamento. A equipa da CUF Oncologia também está empenhada em participar em ensaios clínicos que possam trazer novas opções de tratamento inovadoras. Bárbara Parente avança que no Hospital CUF Porto tem cerca de 12 ensaios clínicos a decorrer na área do cancro do pulmão, desde fases mais precoces da doença a fases mais avançadas, o que tem permitido aos doentes aceder a fármacos em desenvolvimento a que, de outra maneira, não teriam acesso. Contudo, apesar da inovação científica, da que já chegou ao mercado e da que se está a desenhar na investigação clínica, o que António Bugalho ambiciona é também uma mudança no comportamento coletivo e individual. “Se pudesse ter um desejo, seria apostar na prevenção primária, ou seja, na diminuição do número de fumadores, porque só assim conseguiríamos reduzir o número de novos casos e, seguramente, a mortalidade iria diminuir bastante nos próximos anos”, afirma o pneumologista.
Encarnação Teixeira Corresponsável pela Unidade de Cancro do Pulmão da CUF Oncologia a Sul
António Bugalho Coordenador da Unidade de Cancro do Pulmão da CUF Oncologia a Sul
“Temos tudo muito bem organizado para que cada pessoa tenha rapidez de resposta e se inicie o tratamento o mais rapidamente possível.”
38 CUF ONCOLOGIA | Relatório 2020-2021
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