Relatorio CUF Oncologia 2020-2021

Cuidamos em Todos os Momentos

Cancro Colorretal

permite trabalhar de forma mais segura e eficaz numa região do corpo, a cavidade pélvica, “muito pequena e que partilha o espaço com outros órgãos importantes – urinários e sexuais”, explica o especialista, acrescentando: “Esta técnica permite que o cirurgião seja suficientemente radical para tirar todo o tumor do reto e evitar recidivas e seja delicado e seletivo o suficiente para não lesar as estruturas que estão fora do âmbito daquele cancro e que devem ser preservadas.” A utilização desta técnica por um cirurgião especializado em cancro colorretal é, na opinião de Carlos Vaz, “um dos fatores que mais influencia o resultado do tratamento”. "A CUF dispõe de todos os meios necessários para fazer o adequado diagnóstico e estadiamento."

Assunção Velasco Enfermeira Coordenadora de Cuidados Oncológicos na Unidade de Cancro Colorretal do Hospital CUF Tejo

ACOMPANHAMENTO PERSONALIZADO Assunção Velasco é a Enfermeira Coordenadora de Cuidados Oncológicos na Unidade de Cancro Colorretal do Hospital CUF Tejo. Recebe os doentes logo após o diagnóstico de cancro do cólon ou do reto “antes de qualquer momento terapêutico, com o objetivo de fazer o acompanhamento personalizado” em todo o percurso da doença. Segundo a enfermeira, cabe a este profissional monitorizar as necessidades do doente e ser “o elo com a equipa multidisciplinar”, pois “somos a pessoa que passa mais tempo com o doente e, por isso, a que consegue identificar melhor as necessidades da pessoa e da família”. Uma das vertentes da Unidade de Cancro Colorretal é a consulta de Estomaterapia. A enfermeira, responsável por esta consulta, explica que na consulta pré-operatória, quando é identificada a necessidade de ostomização do doente, este passa a ser seguido nesta consulta especializada. A notícia da necessidade de ostomização “não é recebida de ânimo leve e as pessoas ficam muito assustadas”, reconhece Assunção Velasco, pois ainda são muitos os medos relacionados com os cheiros, os barulhos e as condicionantes à vida sexual associados à prótese. “Os doentes acham que vão perder autonomia e que não vão conseguir continuar com a vida deles”, refere a enfermeira, mas o ensino feito ao doente e ao cuidador mais próximo, desde o internamento, “dá uma segurança enorme ao doente”. Para a enfermeira, o reconhecimento do Ministério da Saúde de que a CUF Oncologia é Centro de Referência de Cancro do Reto nos hospitais CUF Descobertas e CUF Tejo “é muito gratificante”. “Vê-se que o nosso trabalho está a ser valorizado e que, ao termos uma articulação muito boa entre todos os elementos, proporcionamos um acompanhamento digno ao doente”, remata Assunção Velasco.

António Quintela Coordenador de Oncologia Médica no Hospital CUF Descobertas

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