Relatorio CUF Oncologia 2020-2021

Lidar com uma doença oncológica não é fácil nem para o doente nem para a família e, por ter noção de toda a complexidade clínica e emocional do processo, a CUF Oncologia criou a figura do gestor oncológico. Solange Melo, Gestora Oncológica da patologia da mama no Hospital CUF Descobertas, explica que a função passa por, inicialmente, receber o doente quando vem a um hospital CUF com uma suspeita de cancro da mama. A partir desse momento, toda a gestão do percurso do doente na unidade fica a cargo destes gestores, desde a marcação de exames complementares de diagnóstico e estadiamento, de consultas das várias especialidades envolvidas no tratamento, das cirurgias, dos vários tipos de tratamento, seja quimioterapia, radioterapia ou fisioterapia. Ou seja, toda a componente processual desde que o doente chega até ao momento em que recebe alta, num percurso de cinco anos, fica sob a responsabilidade deste profissional, o que “tira um peso enorme de cima da pessoa”, diz a gestora oncológica. “O nosso papel acaba por ser minimizar qualquer tipo de transtornos burocráticos, logísticos e financeiros aos doentes”, reforça Solange Minimizar as ansiedades e maximizar as soluções

Melo, que acaba por considerar que “o gestor oncológico é um farol que ilumina e consegue dar resposta a toda a componente multidisciplinar do tratamento oncológico”, garantindo que o doente não fica perdido, não tem de se preocupar com processos burocráticos e pode concentrar-se apenas em enfrentar o desafio da doença que o afeta. A gestora oncológica afiança que a combinação de rapidez, assertividade e empatia é o segredo para trabalhar junto da equipa multidisciplinar que acompanha o doente e minimizar os tempos de espera entre marcações, procedimentos e consultas. Desta forma, é possível diminuir a ansiedade do doente e, ao mesmo tempo, assegurar os critérios de qualidade que foram reconhecidos pela European Society of Breast Cancer Specialists (EUSOMA). Contudo, reconhece Solange Melo, durante esses cinco anos de acompanhamento acaba sempre por se desenvolver “algo extra, um elo que permite tornarmo-nos muito mais do que um gestor de um doente”. E acrescenta: “Estabelecemos uma profunda ligação de confiança e de desabafo, capaz de minimizar as ansiedades e maximizar as soluções.”

EUSOMA VOLTA A CERTIFICAR A UNIDADE DA MAMA CUF DE LISBOA

Desde 2018 que a European Society of Breast Cancer Specialists (EUSOMA) vem reconhecendo a excelência clínica da Unidade da Mama CUF de Lisboa, o que “é uma honra”, admite Leonor Abreu Ribeiro, pois “é uma organização que se pauta por ser muito rigorosa em termos de controlo de qualidade”.

Desde o cumprimento de timings de tratamento, passando pelo percurso do doente até aos meios tecnológicos e terapêuticos utilizados, a EUSOMA confere às equipas a exigência de implementar “com muito rigor os procedimentos” e de estar sempre a “incorporar o state of the art no tratamento do cancro da mama”, acrescenta Catarina Rodrigues Santos.

31 CUF ONCOLOGIA | Relatório 2020-2021

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