Relatorio CUF Oncologia 2020-2021

Cuidamos em Todos os Momentos

Cancro da Mama

Esta conjugação de novas técnicas cirúrgicas, novos fármacos e novos protocolos terapêuticos tem-se refletido sobretudo no acompanhamento de doentes mais jovens. Leonor Abreu Ribeiro reconhece que o diagnóstico de cancro da mama em mulheres mais jovens “é uma realidade que tem aumentado”, muito embora as causas não estejam totalmente esclarecidas pela comunidade científica. Ainda assim, a oncologista considera que “a CUF está alerta e tem profissionais especializados para dar um apoio mais específico a estas mulheres”, assegurando não só o tratamento e seguimento da doença aguda, como também as apoia para o regresso à vida ativa, nomeadamente para uma reinserção socioprofissional plena, além de responder às questões de fertilidade depois de terapêutica oncológica e ainda a questões relacionadas com a reconstrução mamária. Aliás, em matéria de reconstrução mamária, Catarina Rodrigues Santos sublinha: “Temos taxas de reconstrução muito elevadas, sempre com soluções individualizadas e satisfatórias para cada doente.” Todos os tipos de reconstrução mamária estão disponíveis nas unidades CUF, desde os mais comuns, baseados em próteses, “mas também reconstruções com retalhos miocutâneos mistos ou mesmo retalhos que recorrem a microcirurgia. Há poucos sítios em Portugal que tenham disponíveis estas últimas técnicas”, sublinha a especialista em Senologia. Os números falam por si: na Unidade da Mama CUF de Lisboa, certificada pela European Society of Breast Cancer Specialists (EUSOMA), 259 doentes realizaram cirurgias reconstrutivas da mama entre 2020 e 2021.

DIAGNÓSTICO PRECOCE MELHORA SOBREVIVÊNCIA

Susana Sousa Coordenadora da Unidade da Mama no Hospital CUF Porto

Qual é a importância do diagnóstico precoce no sucesso do tratamento do cancro da mama? O diagnóstico desta doença, quando feito precocemente, ou seja, em estadios iniciais, e tratado adequadamente pode ter uma sobrevivência superior a 90% aos cinco anos. Devido à pandemia causada pelo SARS-CoV-2, é expectável algum impacto no tratamento do cancro da mama nos próximos tempos? A pandemia veio dificultar e atrasar os diagnósticos precoces de algumas patologias rastreáveis, nomeadamente o cancro da mama. Por todo o contexto da pandemia se percebe que, sobretudo no final de 2020, o número de casos de cancro da mama em estadios mais avançados tenha aumentado, com tudo o que isso implica em termos de dificuldade de tratamento e menor sobrevivência. CUF PARTICIPOU NO MAIOR ESTUDO SOBRE CANCRO DA MAMA NA MULHER JOVEM EM PORTUGAL Publicado pela Sociedade Europeia de Oncologia Médica e com a participação de 207 mulheres, o estudo analisa 10 anos da experiência de cinco centros oncológicos nacionais, do setor público e privado. Susana Sousa, Oncologista e Coordenadora da Unidade da Mama no Hospital CUF Porto, reflete sobre o aumento do número de casos mais avançados resultante do contexto da pandemia de COVID-19.

“Estabelecemos uma profunda ligação de confiança."

Solange Melo Gestora Oncológica da patologia da mama no Hospital CUF Descobertas

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